segunda-feira, 27 de setembro de 2010

No debate, Marina e Dilma duelam. E Eike entra no tiroteio

Por:Claudio Leal, Filippo Cecilio e Marcela Rocha

Minas

Onipresente no noticiário, o empresário Eike Batista, bilionário dono da EBX, não escapou do debate de presidenciáveis. O candidato do PSOL, Plínio de Arruda Sampaio, contra-atacou Dilma Rousseff (PT), ao falar do salário mínimo, e disse que, somente numa licitação da Petrobrás, Eike ganhou (R$ 20 bilhões) mais do que o programa social Bolsa Família.
Na plateia, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, olhou para trás e sorriu, levantando as mãos, como quem não entendeu.
- Plínio se confundiu, a gente não tem nada de mineração!
Hummm
Plínio reagiu à declaração de Gabrielli:
- Ah, meu Deus... Ele agora vai negar? Eike ganhou o primeiro leilão da Petrobrás de R$ 20 bilhões. Eu comparei com o Bolsa Família. Já não somos donos da Petrobrás.
Sabe?
Presente no debate, o advogado de Eike Batista brincava com interlocutores:
- Posso pedir direito de resposta?
"É mentira"
Gabrielli também contestou, nos bastidores, em conversa com jornalistas, a crítica de Serra ao crescimento de funcionários terceirizados na Petrobrás. O tucano afirmou que realizou milhares de concursos no governo de São Paulo.
- É mentira! É mentira! Cerca de 40% dos trabalhadores da Petrobrás foram contratados nos últimos oito anos...
Não há vagas
No intervalo após o terceiro bloco, o coordenador do programa de governo de Dilma, o professor Marco Aurélio Garcia, comenta a polarização da petista com Marina Silva (PV).
- Acho que Marina prossegue na tentativa de tirar voto de Serra. Da Dilma ela não tira voto, Serra está sofrendo uma erosão.
E rebate o ataque do tucano ao loteamento de cargos técnicos entre militantes do PT, no governo federal:
- Nunca houve tanto concurso público como neste governo. Agora, o ideal é reduzir os cargos de livre provimento. Mas o problema dos tucanos é que, com essas derrotas no âmbito estadual, muita gente vai ficar desempregada.
Plateia
A jornalista e especialista em media training Olga Curado, que assessora Dilma, acompanhou o debate no auditório da Record, sempre acompanhada de assessores da candidata.
A bomba
Os verdes não deixaram barato a resposta de Plínio sobre as relações que o presidente Lula mantém com o Irã. O socialista afirmou que, se EUA e Israel têm bomba atômica, os iranianos também podem ter a sua.
- Você viu? O PSOL agora defende que os fascistas tenham a bomba atômica - disse, às gargalhadas, Alfredo Sirkis.
URSS
Na mesma roda, Fernando Gabeira, com um casacão de veludo cinza e gola alta, ao melhor estilo Beatles em 1964, emendou um ataque à confusão de Plínio, que chamou a Rússia de URSS.
- E a história da União Soviética? Eu adorei aquilo (mais risos). Já falei, eles estão parados no século XX! - vociferou Gabeira.
É...
Na hora em que Plínio defendeu um salário mínimo de R$ 2.000, com base no Dieese, um diretor da Record comentou com outro funcionário da emissora:
- Queria ver se ele fosse dono de uma empresa... Como iria fazer pra pagar um salário desse pra todos os funcionários?
Audiência
No início do debate, a Record comemorou um pico de 18 pontos de audiência. Ao anunciar o intervalo, o apresentador Celso Freitas chegou a se referir ao bom desempenho, sem citar números. A média esteve entre 10 e 12 pontos ao longo do confronto entre os presidenciáveis, superando os debates realizados pela Band, Rede TV!, Folha/UOL e CNBB.
Boa aluna
O revide de Dilma contra Marina, que abordou casos de corrupção na Casa Civil, foi aprovado pelo marqueteiro João Santana Filho. A petista lembrou que Marina também foi obrigada a lidar com subordinados que se envolveram no esquema de liberação da venda de madeiras sem certificado ambiental.
No final da resposta, Santana balançou a cabeça, entusiasmado. E logo foi cochichar no ouvido de Antonio Palocci.
Ele voltou
O presidente do DEM, Rodrigo Maia, ausente há muito tempo nos eventos da campanha presidencial, chegou ao debate no meio do segundo bloco. Indio da Costa deixou o estúdio para buscá-lo na porta, a pedido de Marcio Fortes.
Sobrevoo
O senador Sergio Guerra, presidente do PSDB, chegou a sobrevoar o Rio de Janeiro, mas não conseguiu aterrissar e foi parar em... Minas Gerais.
Assistiu ao debate de lá mesmo.
Quem?
Plínio estava tão fixado em Marina que trocou o nome de Dilma, ao falar que a petista não era do antigo PT, e sim do PDT de Leonel Brizola. "Eu era do PT lá no comecinho, o antigo PT que não tinha Marina...". Trocou os nomes pela segunda vez ao falar sobre o salário mínimo.
Tropas de choque
Dilma levou mais aliados ao debate do que o rival Serra.
Na tropa dilmista, os peemedebistas Michel Temer (vice na chapa com o PT), Sérgio Cabral e Moreira Franco, o presidente do PSB, Roberto Amaral, e os coordenadores de sua campanha: José Eduardo Dutra, José Eduardo Cardozo, Antonio Palocci e Marco Aurélio Garcia.
Entre os serristas, destacaram-se o vice Indio da Costa, o prefeito Gilberto Kassab, o presidente do DEM, Rodrigo Maia, e Mônica Serra.
Candidato do PV ao governo do Rio de Janeiro, Gabeira circulou entre os aliados de Marina e de Serra.
Nervos de aço
O presidente do PMDB, Michel Temer, não moveu músculo durante todo o debate. Mão no queixo, não franziu a testa nem mesmo quando Serra criticou a demora para aprovar os genéricos no governo e culpou o PMDB, que conduz o Ministério da Saúde.
Arquivada
Dilma e Serra não trocaram perguntas. Mas Serra se preparou para questioná-la sobre o Caso Erenice.
Serra, surpresa
O presidente do PT, José Eduardo Dutra, estranhou a ausência de perguntas de Serra a Dilma. Crente na existência do segundo turno, Marina atacou tanto a petista quanto o tucano e conseguiu polarizar com a ex-ministra da Casa Civil em dois momentos do debate. Quanto ao retraimento de Serra...
- Isso pra mim foi uma surpresa... - reconheceu Dutra.

domingo, 26 de setembro de 2010

Marina, queridinha da mídia

De jurásica, ecologista fundamentalista, que travava o desenvolvimento do país, Marina virou a nova queridinha da mídia – lugar deixado vago por Heloisa Helena. Mas o fenômeno é o mesmo: desespero da direita para chegar ao segundo turno e incapacidade de alavancar seu candidato. Daí a promoção de uma candidata que, crêem eles, pode tirar votos da Dilma, para tentar fazer com que a derrota não seja tão acachapante, levando a disputa para o segundo turno e dando mais margem do denuncismo golpista de atuar.

Marina, por sua vez, para se prestar a esse papel, se descaracterizou totalmente, já não tem mais nada de candidata verde, alternativa. Não tem agenda própria, só reage, sempre com benevolência, às provocações da direita, seja sobre os sigilos bancários, a Casa Civil ou qualquer insinuação da direita.

Presta um desserviço fundamental à causa que supostamente representaria: é um triste fim do projeto de construir um projeto verde, uma alternativa ecológica, uma pauta fundada no equilíbrio ambiental para o Brasil. Tornou-se uma candidata vulgar, em que nem setores de esquerda descontentes com outras correntes conseguem se representar.

Uma vez mais uma tentativa de construir alternativa à esquerda deixa-se levar pelo oportunismo. Quantas vezes Marina denunciou o monopólio da mídia privada e seu papel assumido de partido político da oposição? Nenhuma. Quantas vezes afirmou que a imprensa é totalmente alinhada com uma linha radical de oposição, não deixando espaços para a informação minimamente objetiva e para o debate democrático da opinião pública? Nenhuma. Quantas vezes se alinhou claramente com a esquerda contra a direita? Nenhuma.

Nenhuma, porque já não está no campo da esquerda – e os aliados, incluídos os que fazem campanha par ao Serra, como Gabeira, entre outros, provam isso. Se situa em um nebuloso espaço da terceira via – refúgio do oportunismo, quando os grandes enfrentamentos polarizam entre direita e esquerda. Nenhuma, porque essa mesma imprensa golpista, monopolista, que a criticava tanto, agora lhe abre generosos espaços para desfilar seu rancor porque não foi a candidata do Lula e vê a Dilma ser promovida a continuadora do governo mais popular da história do país.

Esses 15 minutos de gloria serão sucedidos pela ostracismo, pela intranscendência. Depois de usada, sem resultados, pela direita, Marina voltará ao isolamento, o suposto projeto verde, depois de confirmado o amálgama eleitoreiro que o articulou, desaparecerá, deixando cadáveres políticos pelo caminho.

Postado por Emir Sader às 04:45

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

10 motivos para cristãos não votarem em Dilma


10- Istoé: Foi a Dilma que mostrou o fruto proibido a Eva;
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9- Veja: Moisés rodou 40 anos no Deserto do Sinai, porque Dilma escondeu o mapa;
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8- Estadão: Deus ia fazer o mundo em 4 dias mas houve atraso na obra do PAC;
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7- A Al-Qaeda era só um grupo de árabes nerds, fãs de RPG e aeromodelismo, até conhecerem a Dilma;
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6- Folha de São Paulo: Dilma gostava de apertar campainha e sair correndo. “Ela fez isso duas vezes na minha casa”, revela ex-vizinha indignada;
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5- Folha de São Paulo: “Descoberto plano de Dilma para secar o Aquífero Guarani”;
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4- Jornal Nacional: "Erro de Dilma nos cálculos provocou inclinação da Torre de Pisa";
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3- O Globo: Dilma Roussef inventou a vuvuzela;

2- Folha de São Paulo: “Dilma lava as mãos, Cristo é crucificado”
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E o #1 entre todos os #DilmaFactsByFolha:
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1- Contigo: Serra lamenta: "a Dilma me indicou o Shampoo.”
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Moral da história: Quando a nossa predisposição é contrária, qualquer razão se torna uma forte razão, seja qual for o candidato de nossa preferência.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Carta de demissão:

Erenice sai para enfrentar o PiG
A Ministra Erenice Guerra assinou a seguinte carta de demissão: 
Excelentíssimo Senhor 

Luiz Inácio Lula da Silva 

DD Presidente da República 
Nesta


Senhor Presidente,


Nos últimos dias fui surpreendida por uma série de matérias veiculadas por alguns órgãos da imprensa contendo acusações que envolvem funcionários e familiares meus.


Tenho respondido uma a uma, buscando esclarecer o que se publica e, principalmente, a verdade dos fatos, defrontando-me com toda sorte de afirmações, ilações ou mentiras que visam desacreditar meu trabalho e atingir o governo ao qual sirvo.


Não posso, não devo e nem quero furtar-me à tarefa de esclarecer todas essas acusações e nem posso deixar qualquer dúvida pairando acerca de minha honradez e da seriedade com a qual me porto no serviço público. Nada fiz ou permiti que se fizesse, ao longo de toda essa trajetória de trinta anos, que não tenha sido no estrito cumprimento de meus deveres.


Agradeço a confiança de Vossa Excelência ao designar-me para a honrosa função de Ministra-Chefe da Casa Civil da Presidência da República, e solicito em caráter irrevogável que aceite meu pedido de demissão.


Cabe-me, daqui por diante, a missão de lutar para que a verdade dos fatos seja restabelecida.


Brasília (DF), 15 de setembro de 2010.


ERENICE GUERRA

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Mundo reconhece Bolsa Família. Já por aqui…

Ainda antes de se tornar presidente da República, Lula dizia em campanha que seu sonho era que os brasileiros pudessem fazer três refeições por dia. Lula já tinha experimentado a fome e quem a conhece jamais esquece.
Assim que foi eleito, Lula criou o Fome Zero e depois o Bolsa Família, programas sociais de grande alcance, que mudaram a face do país. Por isso é uma satisfação para todos que amam esse país ver o relatório da Action Aid apontar o Brasil na liderança do ranking de combate à fome pelo segundo ano consecutivo e ler matéria do jornal francês Le Monde sob o título “No Brasil, 12 milhões de famílias comem graças a uma bolsa”.
O que os tucanos consideram uma bolsa de sustentar vagabundo e sempre atacaram como clientelista corresponde apenas a 2% do orçamento do governo e reduziu a desnutrição infantil a 73%.
No Brasil não se morre mais de fome. Só não tem acesso ao Bolsa Família os que não conseguem se cadastrar por problemas nos municípios e Estados, como São Paulo.
A correspondente do Le Monde no Brasil escreve logo no início do seu texto que o Fome Zero foi um dos primeiros atos do mandato de Lula, em 1 de janeiro de 2003, e que oito anos mais tarde, a três meses de deixar a presidência, o chefe de Estado se regozija com os resultados obtidos: 28 milhões de brasileiros sairam da miséria. Em 2003, 12% da população (22 milhões) sofriam com a fome, uma taxa reduzida a 4,8% em 2008 (10 milhões).
O Le Monde destaca que o Bolsa Família atinge 50 milhões de pessoas e se tornou o maior programa de distribuição de riqueza do mundo.
O diretor do Ibase, Candido Gryzbowski, comenta que o Bolsa Família respondeu uma questão urgente, mas que se for suspenso amanhã as pessoas voltam a morrer de fome. “Falta completar as reformas estruturais, especialmente na educação, para oferecer um outro futuro às crianças”, advertiu.
O coordenador da candidatura de Dilma, Alessandro Teixeira, é ouvido pelo jornal francês e afirma que o “problema da fome continua sendo uma preocupação para Dilma, que, se eleita, melhorará o Bolsa Família”. O Le Monde afirma que Serra se comprometeu a manter o programa, mas ressalta que o PSDB o classificou de “assistencialista”.
A matéria termina com uma importante declaração de Marco Aurélio Garcia, ex-assessor internacional da Presidência e um dos coordenadores da campanha de Dilma, de que “o Brasil jamais teria credibilidade na cena mundial se tivesse ignorado suas terríveis desigualdades sociais e sua população morrendo de fome.”
A política do governo no combate à fome a às desigualdades também é elogiada no relatório “Quem está realmente combatendo a fome”, da ONG Action Aid, que destaca os efeitos positivos do Bolsa Família e do Fome Zero.
O relatório cobra do Brasil um avanço maior nas políticas de incentivo à agricultura em pequenas propriedades, embora reconheça que o governo passou a investir “muito mais” no setor.

Brizola Neto

Jaques Wagner - Biografia

Jaques Wagner nasceu no Rio de Janeiro. Ele é casado com Maria de Fátima Carneiro de Mendonça e tem três filhos. Judeu, é também militante do movimento sionista desde a juventude. Em 2010, Wagner é candidato à reeleição ao governo da Bahia.[1]
Sua atividade política se inicia a partir de 1968 no movimento estudantil, quando presidiu o diretório acadêmico da Faculdade de Engenharia da Pontifícia Universidade Católica (PUC). Entretanto, em 1973, Jaques Wagner passou a ser perseguido pela ditadura militar e teve que abandonar o curso de Engenharia, que nunca completou. Nesse mesmo ano mudou-se para Salvador e ingressou na indústria petroquímica no polo de Camaçari, no litoral da Bahia. Lá Wagner se tornou técnico em manutenção. Começou a atuar no Sindicado dos Trabalhadores da Indústria Petroquímica (Sindiquímica), do qual foi diretor e presidente de 1987 a 1989. Conheceu Lula num congresso de petroleiros e, em 1980, ingressou no Partido dos Trabalhadores (PT). Nessa época, foi um dos fundadores do PT e da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no estado.[carece de fontes?]
Filiado ao partido desde então, Jaques Wagner elegeu-se deputado federal em 1990. Depois de três mandatos em Brasília, concorreu ao governo da Bahia em 2002 e obteve expressiva votação. Foi nomeado por Lula como Ministro do Trabalho e posteriormente em 2005, se tornou ministro das Relações Institucionais, assumindo a coordenação política do governo e suas relações com o Congresso Nacional.
Jaques Wagner elegeu-se governador do Estado, em outubro, apoiado por uma coligação dos seguintes partidos: PT, PV, PPS, PCdoB, PTB, PMN e PMDB. Este último indicou o candidato a vice-governador, o ex-deputado estadual Edmundo Pereira. A coligação não teve candidato a senador, mas apoiou informalmente o ex-governador João Durval Carneiro, que também é pai do atual prefeito da capital, Salvador, João Henrique Carneiro.
Em 1º de outubro de 2006, Jaques Wagner foi eleito governador da Bahia no primeiro turno das eleições, gozando da grande popularidade do Governo Lula no estado.[carece de fontes?] Apesar de as pesquisas indicarem uma vitória do seu adversário e predecessor no cargo, Paulo Souto, venceu com 52,89% dos votos válidos, num total de 3.242.336 votos.
A vitória de Jaques Wagner foi apontada pela imprensa nacional como o fim do carlismo, ou seja, da forte influência do ex-governador Antônio Carlos Magalhães na estrutura de governo do Estado da Bahia.[carece de fontes?] O próprio Jaques Wagner tratou de explicar, numa entrevista concedida à revista Caros Amigos, que sua vitória não foi surpresa para ele, uma vez que o grupo liderado pelo senador Antônio Carlos Magalhães arregimentava sempre cerca de 30 por cento dos votos em todas as eleições.
Em dezembro de 2006, seguindo o modelo do governo Lula, Wagner anunciou que pretende ter sob sua responsabilidade direta a administração dos recursos financeiros estaduais destinados a ações sociais.[carece de fontes?]
Às vésperas das eleições 2010, Jaques Wagner é cotado à releição ao governo da Bahia.

Wikipédia

Mídia protege filha de Serra

Por: João Peres/ Rede Brasil Atual

uas reportagens publicadas neste fim de semana tinham a tarefa de agitar o noticiário eleitoral. A primeira, sob o título Sinais trocados, foi publicada por Leandro Fortes em CartaCapital e narra o episódio em que a empresa de Verônica Serra, filha de José Serra, deixou, em 2001, os dados bancários de 60 milhões de brasileiros expostos a visitação pública durante 60 dias. A segunda, publicada pela revista Veja, conta que o filho da ministra-chefe da Casa Civil supostamente vende facilidades aos que querem fechar contratos com o Estado.

Uma delas, no entanto, foi ignorada pelos jornais de maior peso, os chamados “jornalões”. Não é difícil imaginar qual. A reportagem de Leandro Fortes sobre Verônica Serra não ganhou uma linha em O Globo, O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo. A matéria de Veja, por outro lado, foi o destaque de capa de dois deles, que dedicam boa parte de seu noticiário dominical à repercussão do tema.

O candidato do PSDB, que vem sendo convidado diariamente a opinar sobre a quebra de sigilo fiscal de sua filha, foi novamente ouvido. Não sobre o episódio da Decidir.com, empresa que tinha sua filha como sócia, mas sobre a Capital Assessoria e Consultoria, do filho de Erenice Guerra, sempre apresentada como “braço-direito” de Dilma Rousseff.

Diferenças

É um bom exercício para o começo desta semana imaginar por que os jornais nada noticiaram sobre a reportagem de CartaCapital. A revista sofre de falta de credibilidade? Certamente não. Além de contar com a assinatura de Mino Carta, um dos jornalistas de melhor reputação do país, a revista não tem, ao longo de sua existência, um histórico de desmentidos e de distorção de fatos.

Quanto a Veja, reputação ilibada não tem sido um sinônimo da semanal da Abril. Foram muitos os episódios em que especialistas e autoridades tiveram de vir a público afirmar que nada haviam dito à revista ou que tiveram suas falas distorcidas. Este caso não é diferente. Fábio Baracat, empresário que aparece na reportagem deste fim de semana afirmando ter sido obrigado a negociar o pagamento de propinas com Ismael Guerra, emitiu nota mostrando-se “surpreendido” pela reportagem.

“Primeiramente gostaria de esclarecer que não sou e não fui funcionário, representante da empresa Vianet, ou a representei em qualquer assunto comercial, como foi noticiado (…) Durante o período em que atuei na defesa dos interesses comerciais da MTA, conheci Israel Guerra, como profissional que atuava na organização da documentação da empresa para participar de licitações, cuja remuneração previa percentual sobre eventual êxito, o qual repita-se, não era garantido (…) Acredito que tenha contribuído com o esclarecimento dos fatos, na certeza de que fui mais uma personagem de um joguete político-eleitoral irresponsável do qual não participo.”

Motivos

A vontade dos grandes jornais em mostrar episódios que possam enfraquecer a candidata Dilma Rousseff gera estranheza até mesmo dentro dessas redações. Na última semana, a Folha publicou que um erro da ex-ministra havia provocado prejuízo de R$ 1 bilhão. A notícia, sem base real, virou motivo de piada na internet, e um viral reproduzido pelo Twitter entrou para os principais tópicos mundiais da rede social.

Neste domingo, a ombudsman Suzana Singer chama atenção dos editores da Folha. “O jornal avançou o sinal.” Ela complementa: “Foi iniciativa de Dilma criar a tal tarifa social? Não, foi instituída no governo Fernando Henrique Cardoso.” A ombudsman pede que o jornal deixe o próprio leitor chegar a suas conclusões, sem direcionamentos, e lembra que não tem havido a mesma crítica à gestão de Serra em São Paulo. “A Folha deveria retomar o equilíbrio na sua cobertura eleitoral e abrir espaço para vozes dissonantes. O apartidarismo – e não ter medo de crítica – sempre foram características preciosas deste jornal.”

Neste momento, como os institutos de pesquisa indicam que é muito pequena a possibilidade de Dilma perder a eleição, é preciso considerar outros interesses na divulgação de algumas notícias. O Painel da Folha dá uma pista ao falar do caso: “Até agora, ela era dada como nome certo num eventual governo Dilma.” O blog Vi o Mundo, de Luiz Carlos Azenha, levanta uma indagação: “Será que tem o dedo de outros candidatos ao cargo na capa da Veja? Ou será que o Civita quer indicar o primeiro-ministro de um eventual governo Dilma?”

Mora aí uma diferença fundamental das atuais eleições. Ainda não se sabe qual será o real impacto da internet sobre os números finais da votação de 3 de outubro, mas a rede se converteu em um espaço para tentar difundir propostas - a favor ou contra os candidatos - e notícias que são ignoradas pela mídia comercial. 

Ramón Valdés - O seu madruga

Ramón Gómez Valdés y Castillo (Ciudad Juárez, 2 de setembro de 1923Cidade do México, 9 de agosto de 1988) foi um famoso ator humorístico mexicano.
Valdés ficou conhecido mundialmente por suas atuações em El Chavo del Ocho e El Chapulin Colorado ao lado de Roberto Gómez Bolaños, seu grande admirador e colega.
Ainda hoje, seu personagem Seu Madruga (Don Ramón, na versão original) é cultuada, havendo diversas páginas, blogs e comunidades no site de relacionamentos Orkut em sua homenagem.
Casou-se três vezes (uma delas com a cantora Aracely Julián) e teve dez filhos.
Faleceu de câncer de pulmão, ocasionado pelo fumo excessivo, que depois espalhou-se para o estômago.


Atuou em vários filmes no seu país desde a década de 1940, porém atingiu sua maior popularidade com a figura hilária do "Don Ramón", "Seu Madruga" no Brasil, do seriado de televisão Chaves (El Chavo del Ocho). Roberto Gómez Bolaños, o Chespirito, sempre teve grande admiração por Ramón Valdés e dizia que era o único que o fazia "chorar de rir" durante as gravações dos programas, que duraram aproximadamente uma década. Seu personagem na Vila do Chaves, apesar do humor simples, trazia a situação da América Latina de desemprego generalizado e dependência de sub-empregos. Seja como pedreiro, vendedor ambulante de objetos usados ou leiteiro, ele sobrevivia enquanto o proprietário da vila, "Seu Barriga" (Edgar Vivar), não o expulsava da casa por não pagar o aluguel. No início da carreira, atuou em pequenos filmes junto com seus irmãos, também atores, e também com papéis nos filmes de Cantinflas, famoso comediante mexicano dos anos 60.
Mas foi no seriado Chaves,que realmente teve sucesso.Ramon deixou o seriado em 1979,quando estava com problemas de saúde.Voltou ao seriado em 1981,participando de alguns quadros do programa chespirito.Em 1982 Ramon Valdez foi trabalhar na série Frederico fazendo o papel de Don Moncho.Em 1983 fez dois filmes:Los gatilleros del diablo e El mas valiente del mundo.Em 1984 fez o filme Luiz Miguel Aprendiz de Pirata.Em 1986 fez algumas participaçoes no Programa Chespirito,e,em 1988 fez a série Frederico. [1]

Curiosidade
  • Sabe-se que Ramón Valdés tinha uma memória privilegiada. Fora do estúdio vestia-se quase igual como no seriado, pois afirmava que com os Jeans podia sentar onde quisesse sem temer sujar a roupa. (segundo declarações de seu filho Rafael Valdés).
  • Também tinha rituais curiosos, como fumar um cigarro antes de dormir.
  • Segundo o próprio Chespirito, Ramón Valdez foi a única pessoa até hoje que conseguiu fazê-lo chorar de rir durante uma atuação cômica.
  • Apesar de, no seriado Chaves, Seu Madruga fugir da Bruxa do 71 (Angelines Fernandez), na vida real os dois eram muito bons amigos. Tanto que, quando Ramón morreu em 1988, a atriz passou a noite ao lado do corpo chorando e dizendo "Mi Rorro" (Meu bebê). A atriz ficou tão decepcionada que começou a descuidar da saúde, e começou a envelhecer mais rapidamente. Ramon Valdez Também manteve grande amizade na vida pessoal com os atores Édgar Vivar (que atuou como o Senhor Barriga) e Rubén Aguirre (que interpretou o Professor Girafales também era um dos melhores amigos de Ramón). Villagrán, o Quico na série, foi um dos melhores amigos de Ramón Valdés.
  • Certa vez, quando Ramón estava no hospital, Villagrán foi visitá-lo e lhe disse: "Nos vemos lá em cima, no céu.". Ramón se contrariou, e mantendo seu bom humor disse: "Não se faça de louco, nos vemos lá embaixo, no inferno!".
  • Ramón Valdés nunca pôde desassociar sua pessoa do papel de Seu Madruga. Tanto as pessoas como os produtores não podiam vê-lo em outro papel. O ator confessou para a revista Actores&Actrices&Rumores que, depois de deixar o seriado Chaves, recebeu apenas quatro ofertas para atuar: as quatro eram pedidos de Chespirito para voltar a fazer o papel de Seu Madruga. De qualquer forma, sua carreira não terminou com a sua saída da turma do Chaves: atuou em diversas peças de teatro, duas no colégio de sua filha mais velha e uma no colégio de sua filha mais nova. Em todas as peças, fez o papel de Seu Madruga. Ramón voltou à televisão em 1981, quando Chaves havia se tornado um quadro do Programa Chespirito novamente.
  • Camisas com o rosto do Seu Madruga são comuns no Brasil. Boa parte dessas camisas possuem a frase "Seu Madruga não morreu". Em outras camisas, ele está caracterizado como Che Guevara ou mesmo Jesus Cristo. Algumas ainda trazem frases ilustres ditas por Don Ramón no seriado como "não existe trabalho ruim, o ruim é ter que trabalhar"
  • Uma das muitas frases de efeito ditas por Ramón Valdéz ao interpretar Seu Madruga se tornou um bordão pouco igualada até os dias de hoje, e figura também em um número incontável de camisas acompanhadas de sua figura:
"…A vingança nunca é plena. Mata a alma e a envenena!" - "Ramón Valdez - Seu Madruga"
  • Dublado no Brasil pelo veterano Carlos Seidl
  • O rosto dele também pode ser visto estampado em instrumentos musicais. A estampa mais conhecida é na bateria de Igor Cavalera, que quando era membro do Sepultura usou no seu kit o rosto do Seu Madruga nas péles dos dois bumbos e ela pode ser vista no DVD ao vivo Live in São Paulo e no videoclipe da música Convicted in Life.
  • No dia 23 de Abril de 2010, a personagem Sr. Madruga, teve seus famosos 14 meses de aluguel, devidos à senhoria da vila da boa vizinhança, pagos por intermédio do programa humorístico Panico na TV, na ocasião in memoriam de Sr. Madruga, o ator que interpretava Sr. Barriga, Edgar Vivar foi as lágrimas com a emoção e devoção dada ao seriado por seus seguidores e cultuadores no Brasil
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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

AI-5

O Ato Institucional Nº5 ou AI-5 foi o quinto de uma série de decretos emitidos pelo regime militar brasileiro nos anos seguintes ao Golpe militar de 1964 no Brasil.[1]
O AI-5 sobrepondo-se à Constituição de 24 de janeiro de 1967, bem como às constituições estaduais, dava poderes extraordinários ao Presidente da República e suspendia várias garantias constitucionais.
Redigido pelo ministro da justiça Luís Antônio da Gama e Silva em 13 de dezembro de 1968, entrou em vigor durante o governo do então presidente Artur da Costa e Silva, o ato veio em represália à decisão da Câmara dos Deputados, que se negara a conceder licença para que o deputado Márcio Moreira Alves fosse processado por um discurso onde questionava até quando o Exército abrigaria torturadores ("Quando não será o Exército um valhacouto de torturadores?"[2]) e pedindo ao povo brasileiro que boicotasse as festividades do dia 7 de setembro.
Mas o decreto também vinha na esteira de ações e declarações pelas quais a classe política fortaleceu a chamada linha dura do regime militar. O Ato Institucional Número Cinco, ou AI-5, foi o instrumento que deu ao regime poderes absolutos e cuja primeira conseqüência foi o fechamento do Congresso Nacional por quase um ano.