terça-feira, 29 de junho de 2010

Várzea Nova confirma título de cidade mais animada da região

Contrariando uma aparente “torcida contra” de alguns e uma tragédia anunciada por uma pseudoprofecia (que soou mais como estratégia política para tirar o brilho da festa), Várzea Nova comemorou mais uma vez seu tradicional São João com muito forró e alegria, provando mais uma vez ter o povo mais alegre e hospitaleiro da região.
Em outras palavras, foi melhor que o esperado. Já que não se esperava muito...
Desde que foram anunciadas as atrações, uma onda de critiquice pouco politizada espalhou-se pela cidade. Infelizmente estamos fadados a isso...
A Praça Zacarias Domingos de Jesus, ornamentada com típicas barracas de palha e bandeirolas nas cores do Brasil e em ritmo de copa (outra paixão nacional, dizem, além da festividade), motivou e acolheu milhares de foliões que por alí passaram e “se jogaram” nos três dias de festa.
As festas juninas e seus símbolos de origem pagã (assim como o Natal) sofreram uma cristianização, como estratégia de expansão da Igreja medieval. Mas atualmente nossa festa junina ultrapassa qualquer característica religiosa e passa a ser identitária. São festejos que nos remetem à infância, aos tempos bons que não mais virão de um passado distante...
Para os varzenovenses, as festas juninas não são só sua principal festa típica, mas também o período do ano em que revemos velhos amigos e familiares que atualmente moram em outras cidades e regiões, vítimas da “diáspora” varzeanovense que tanto conhecemos e insistentemente comentamos.
É um momento único para revê-los, colocar os papos em dia ao calor da fogueira, comer milho assado, mugunzá e pamonha, dançarmos agarradinhos um arrasta-pé para matar a saudade, entre outras tantas coisas boas e saudáveis.
É quando as crianças soltam seus traques, cobrinhas e “bufas-de-velho”; as mais serelepes, os rojões e as bombas de 5 ou de 10, assustando os mais idosos e desavisados (Salve, Salve Srº Oldack Lopes Rios!). Época de assistir as quadrilhas, Paus-de-Sebo, Quebra-Potes... Que infelizmente deixaram a desejar este ano!
Além de atrações como Léo Magalhães, Zezo dos Teclados, Rodrigo (ex-Bonde do Forró) e tantos outros, o irreverente “Tratock” (trio-elétrico montado num trator agrícola) fez um arrastão nas principais ruas da cidade ao som da Banda Pitok em todos os dias de festa, inclusive no domingo, para barraqueiros e milhares foliões incansáveis.
De certo que é uma tendência global as tradições serem ameaçadas por interesses da indústria de entretenimento. Tempos atrás tivemos Amado Batista como atração principal, o que não é típico, mas agradou. Porém, hoje temos visto uma verdadeira tendência à uma “micaretização” das tradições juninas.
No fim, não importou ter que dançar seresta em vez de forró, nem a precária divulgação da festa, nem a ameaça de tragédia. O que os varzeanovenses mostraram mais uma vez é que é um povo alegre, festeiro e sobretudo (e apesar de tudo), feliz.

Fonte: Informe Várzea Nova

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